A Justiça Militar decidiu encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação contra quatro coronéis do Exército suspeitos de redigir uma carta para pressionar o comando militar a aderir a um golpe de Estado após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022.

O caso envolveu dois coronéis da ativa e dois da reserva, indiciados pelo Exército por crimes como incitação à desobediência e publicação não autorizada de documentos oficiais. A decisão ocorreu em meio ao inquérito do golpe, conduzido pela Polícia Federal no STF sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

A investigação aponta que os suspeitos planejaram o documento para pressionar o então comandante do Exército, general Freire Gomes, e utilizaram estratégias para vazar a carta sem aparentar intencionalidade. Um dos envolvidos expressou temores de que o caso fosse levado ao STF, onde tramita o inquérito sobre atos antidemocráticos.

O Exército havia concluído seu inquérito em 2024, mas a Justiça Militar declinou competência, deixando o caso sob análise do Supremo, que também apura possíveis crimes de maior gravidade, como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.