'Kids pretos' podem fechar acordo de delação premiada sobre golpe, alertam aliados de Bolsonaro
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão preocupados com a possibilidade de militares 'Kids Pretos' envolvidos no plano de tentar assassinar o presidente Lula, o vide Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, firmarem acordos de delação premiada, assim como aconteceu com o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Familiares dos militares estariam pressionando para que eles colaborem com as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, no intuito de se protegerem e evitar maior envolvimento em crimes, segundo informa o Blog do jornalista Valdo Cruz, do G1.
O ex-presidente, que já tentou se distanciar de outros aliados, como Mauro Cid, está sendo acusado de transferir para os "kids pretos" a responsabilidade pela elaboração do golpe. Esses militares são suspeitos de participarem da articulação de um plano para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e enfraquecer o Poder Judiciário. A crescente pressão sobre os envolvidos, como o general Mário Fernandes, que está preso desde novembro, indica que eles podem seguir o caminho de Cid e buscar uma delação. Mário Fernandes, peça-chave no esquema, já enfrentou críticas de seu advogado, que acusou a defesa de Bolsonaro de agir como promotores ao tentar culpar os militares pelo golpe.
Mauro Cid, que já firmou um acordo de delação homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), prestará novo depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (5). Ele deverá detalhar o envolvimento dos "kids pretos" e fornecer mais informações sobre o planejamento da tentativa de golpe, que inclui o apoio de figuras-chave dentro do governo Bolsonaro. A expectativa é que a delação de Cid e a possível colaboração dos "kids pretos" ofereçam novos elementos à investigação em curso.
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