O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (21) que o Brasil “voltou à normalidade” e que os Três Poderes “saberão se respeitar com autonomia”. A declaração foi feita durante o lançamento do Pacto pela Transformação Ecológica, assinado pelos presidentes da República, da Câmara, do Senado e do STF.

Lula expressou satisfação com a união dos Três Poderes, destacando que isso demonstra a normalidade civilizatória do país. Ele também afirmou estar tranquilo quanto ao andamento de seu mandato, que ainda tem um ano e oito meses pela frente. “A minha alegria aqui hoje é dizer para vocês que eu estou plenamente satisfeito. Porque juntar os Três Poderes, agora, demonstra com muita clareza, com muita clareza mesmo, que o Brasil voltou à normalidade civilizatória e que os Poderes, com autonomia, saberão se respeitar e cada um cumprir o seu dever”, disse o presidente.

O Pacto pela Transformação Ecológica, segundo o governo, marca a primeira vez em que os Três Poderes colaboram em uma agenda ambiental e climática conjunta. O acordo visa posicionar o Brasil como líder nas áreas de segurança ambiental, climática e alimentar. As atividades serão divididas da seguinte forma: o Legislativo focará na aprovação de leis sobre o mercado de carbono, o Judiciário na agilidade de processos ambientais e climáticos, e o Executivo na ampliação de financiamento para projetos sustentáveis.

O evento também sinalizou uma tentativa de solução para a questão das emendas parlamentares, que gerou recentes embates. Na terça-feira (20), o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, anunciou um “consenso possível” sobre a transparência nas emendas e o papel do Congresso na alocação de recursos. Um acordo fixou novas regras para a execução das emendas, mantendo-as com critérios de rastreabilidade e transparência.

Participaram do evento, além de Lula, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do STF, Luís Roberto Barroso, além das ministras Sonia Guajajara (Povos Originários) e Marina Silva (Meio Ambiente) e do ministro Fernando Haddad (Fazenda).