Lula critica tarifas de Trump e diz que Brasil "não bate continência" para EUA

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (3) que o Brasil "não bate continência" e responderá a qualquer medida de protecionismo comercial, em referência à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas sobre produtos brasileiros. O petista discursou durante um evento do governo em Brasília para fazer um balanço da gestão e ressaltou que o país exigirá reciprocidade no comércio internacional.
Trump anunciou na quarta-feira (2) que aplicará uma tarifa de 10% sobre todas as importações do Brasil, como parte de um pacote de medidas para retaliar países que cobram taxas sobre produtos norte-americanos. Em resposta, o Congresso Nacional aprovou um projeto chamado Lei da Reciprocidade Econômica, que permite ao Brasil reagir a tarifas consideradas injustas, mesmo que isso vá contra normas da Organização Mundial do Comércio (OMC).

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O evento do governo, batizado de "Brasil dando a volta por cima", foi marcado por um formato diferente das tradicionais cerimônias no Palácio do Planalto. Apresentadoras conduziram a programação, enquanto Lula e a primeira-dama, Janja, acompanharam o início da cerimônia na plateia antes de o presidente subir ao palco para discursar. No discurso, ele defendeu a soberania nacional e medidas para proteger empresas e trabalhadores brasileiros.
A declaração ocorre em um momento de queda na popularidade de Lula, que, segundo pesquisa da Quaest divulgada nesta quarta (2), registrou 56% de desaprovação, o pior índice desde o início do mandato. Apesar dos esforços para reforçar a comunicação e destacar avanços na economia e programas sociais, aliados do presidente avaliam que temas como alta no preço dos alimentos e segurança pública continuam impactando a percepção do governo.

ASSUNTOS: Brasil