O encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Javier Milei, da Argentina, nesta segunda-feira (18) no Rio de Janeiro, foi marcado por um cumprimento distante, sem abraços ou sorrisos, refletindo a frieza que caracteriza a relação entre os dois líderes, conhecidos por sua oposição política. Esse momento de protocolo contrastou com as calorosas saudações de Lula a outros chefes de Estado, como Joe Biden (EUA), Emmanuel Macron (França) e Giorgia Meloni (Itália).

O clima tenso nos bastidores gerou especulações, com diplomatas brasileiros temendo que Milei, alinhado a posições mais conservadoras e próximo do ex-presidente Donald Trump, possa dificultar a adoção de um consenso global sobre temas centrais da cúpula, como o combate à pobreza e à fome. Lula e Milei já protagonizaram trocas de farpas. 

O evento marcou o início da Cúpula de Líderes do G20, que reúne as 19 principais economias do mundo e várias organizações internacionais. Lula, ao abrir a reunião, destacou a gravidade de temas como a fome, os conflitos armados e as desigualdades sociais, enfatizando que a crise global está em seu pior momento desde a Segunda Guerra Mundial. Durante seu discurso, o presidente brasileiro lançou a *Aliança Global contra a Fome e a Pobreza*, um projeto voltado para reduzir as desigualdades, com adesão de 81 países e 31 organizações internacionais.