Menina de 11 anos morre após ser obrigada pela mãe a fazer jejum para “expiar pecados”
Uma mulher de 26 anos e um homem de 47, foram presos nessa sexta-feira (25), suspeitos de causar a morte uma menina de 11 anos. A vítima era filha da suspeita e veio a óbito após ser forçada a fazer jejuns prolongados para “expiar seus pecados”. O caso ocorre em Ubatuba, em São Paulo.
De acordo com a polícia, em depoimento a mãe confessou que a filha era mantida em cárcere privado há cinco meses e em grande parte desse tempo consumia apenas de água e era obrigada a orar constantemente. Sem comida, sem móveis ou qualquer outro conforto, a garota dormia em cima de um tapete de EVA, em um quarto no apartamento dia família, situado no Centro da cidade.
Ao delegado, ela contou que essa era uma forma que ela e o marido, que era padrasto da vítima, encontraram de puni-la por pecados que ela cometia, como mentir. A filha também não era autorizada a sair de casa e durante os 5 meses de tortura, teve acesso a rua apenas duas vezes.O abuso foi descoberto na última quinta-feira (24), quando a garota passou mal e foi levada à pressas para um hospital da região.
Os médicos que acionaram a polícia, contaram que a vítima já chegou ao hospital pálida com quadro de extrema desnutrição que chocou os socorristas. Eles alegam que ela já chegou a unidade morta e que nada puderam fazer para salvá-la.
Assim que constatou a tortura, a Polícia Civil prendeu o casal e encaminhou o outro filho deles, de 8 anos, aos cuidados de um abrigo. O menino contou aos agentes que também era castigado severamente quando fazia algo errado. Durante todo o depoimento da mulher, o marido não abriu a boca e se resguardou sono direito de não se incriminar.
Ainda assim, ele e a mulher foram indiciados por tortura com morte, cárcere privado e abandono de intelectual. O caso gerou revolta nacional.
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