Militares planejavam matar Alexandre de Moraes primeiro, revela PF
A Polícia Federal (PF) revelou detalhes da tentativa de golpe que tinha o objetivo de executar o ministro do STF, Alexandre de Moraes, além do presidente Lula e do vice, Geraldo Alckmin. O plano, denominado "Punhal Verde e Amarelo", supostamente articulado pelo general da reserva Mario Fernandes, ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, teria Moraes como o primeiro alvo.
A investigação indica que o plano envolvia o sequestro e execução do ministro, com o uso de seis conspiradores e equipamento de comunicação sigiloso, como chips de celular comprados em nome de terceiros. O plano em si envolvia: um levantamento prévio da movimentação de Moraes; detalhes dos horários e itinerários de suas agendas oficial e pessoal; uma demanda de quatro equipes com o total de seis pessoas para realizar o atentado e um telefone descartável para cada um dos seis envolvidos.
Além disso, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 36 envolvidos foram indiciados pela PF por sua participação na tentativa de golpe de Estado. O general Walter Braga Netto, o ex-ministro Augusto Heleno e o ex-deputado Valdemar Costa Neto também estão entre os indiciados. A investigação, concluída na quinta-feira (21), destaca ainda o papel de Wladimir Matos, agente da PF, que forneceu informações sobre a segurança do presidente Lula para os golpistas.
O caso continua sendo investigado, e os envolvidos aguardam julgamento.
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