Moraes prorroga inquérito das fake news para investigar 'gabinete do ódio'
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por mais 180 dias o inquérito das fake news, que apura a disseminação de conteúdos falsos na internet e ataques a instituições e ministros. A prorrogação visa aprofundar as investigações sobre o "gabinete do ódio", grupo que teria atuado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) para espalhar desinformação e atacar adversários políticos. Além disso, Moraes determinou que mais 20 pessoas sejam ouvidas, além de uma análise complementar de dados sigilosos.
O "gabinete do ódio" foi identificado pela Polícia Federal como uma milícia digital que teria operado, inclusive, dentro do Palácio do Planalto, sendo responsável por ataques ao sistema eleitoral e a figuras públicas. As investigações sobre o grupo estão relacionadas a um possível esquema de financiamento e operação de ataques sistemáticos contra a democracia, um tema que já figura nos relatórios da PF relacionados ao movimento de tentativa de golpe de Estado.
Iniciado em março de 2019, o inquérito das fake news já foi prorrogado diversas vezes desde sua abertura, com o objetivo de desmantelar redes de desinformação e esclarecer o envolvimento de aliados de Bolsonaro. A nova prorrogação busca finalizar as diligências da Polícia Federal e concluir as investigações sobre os envolvidos nesse esquema.
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