Moraes retira sigilo de relatório da PF e envia à PGR inquérito que indicia Bolsonaro e mais 36
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu, nesta terça-feira (26), retirar o sigilo do relatório da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e 36 outras pessoas por envolvimento na tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão também determina que as defesas tenham acesso aos documentos da investigação.
A Polícia Federal concluiu seu inquérito, apresentando um extenso relatório de 800 páginas, e o caso agora será analisado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que tem um prazo de 15 dias para se manifestar sobre a denúncia. A expectativa é que a PGR só formalize a denúncia em 2025, dado o volume de informações e a complexidade do caso.
Entre os detalhes da investigação, destacam-se planos golpistas envolvendo a criação de um "Estado de sítio", a incitação de militares para apoiar o golpe e um plano de assassinato contra figuras políticas, incluindo Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin. A delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, trouxe informações cruciais para a apuração, que também foi corroborada por mensagens e gravações obtidas pela PF.
Embora o sigilo tenha sido retirado, a delação de Mauro Cid continua protegida, pois investigações adicionais ainda estão em andamento.
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