MPF pede prisão preventiva de amigos de Temer, mas juiz nega
BRASÍLIA — O juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara da Justiça Federal de Brasília, negou pedido de prisão preventiva de José Yunes e do coronel aposentado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, dois amigos do ex-presidente Michel Temer. O pedido negado abrangia ainda os peemedebistas Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves, Rodrigo Rocha Loures, além do ex-assessor parlamentar Altair Alves Pinto.
O pedido de prisão foi feito tendo como base o inquérito do "quadrilhão do PMDB", no qual todos eles se tornados réus. O Ministério Público Federal sustenta a possibilidade de uma candidatura de Temer à reeleição como um dos argumentos para o pedido de prisão.
"Demais disso, há notícias recentes no sentido de que o líder da organização criminosa do "MDB da Câmara", Michel Temer, pretende candidatar-se à reeleição presidencial este ano, a fim de se manter na posição de elevado poder em que se encontra e garantir a perpetuação do grupo criminoso no controle central da máquina estatal federal", afirmou o MPF no pedido.
O juiz argumentou que não há como "presumir" a prática de crimes em uma eventual candidatura de Temer. "Afirmar que a anunciada candidatura de Michel Temer à Presidência da República (reeleição) importe na permanência da empresa criminosa e na prática de ilícitos penais por parte dos requeridos demanda a indicação de fatos atuais (contemporâneos) nesse sentido, circunstância que não se verificou", afirmou Marcos Vinicius, em sua decisão.
Yunes e Lima foram presos de forma temporária, por três dias, pelo Supremo no mês passado tendo como base o inquérito que apura irregularidades no decreto dos Portes editado por Temer. Eles foram soltos após prestar depoimento.
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