Mulheres denunciam médico por assédio: 'Ele colocou a mão por dentro da minha calcinha e começou a mexer'
Um ginecologista de renome no Maranhão, Kemuel Pinto Bandeira, está sendo investigado pela Polícia Civil após várias denúncias de importunação sexual durante exames ginecológicos. Oito mulheres, incluindo duas gestantes, relataram à polícia terem sido vítimas do médico durante consultas em clínicas de São Luís e Açailândia.
As denúncias, que vieram à tona após a advogada Marina Wanda tornar público o caso, descrevem um padrão de comportamento do médico, que ia além dos procedimentos médicos. As vítimas relatam toques indevidos, massagens em áreas íntimas e comentários inapropriados durante os exames.
"Ele colocou a mão por dentro da minha calcinha e começou a mexer", relatou uma das vítimas. Outra paciente afirmou que o médico "apertava o dedo dentro da minha (genital) e eu 'meu Deus, o que é isso. Isso faz parte do exame?'".
As denúncias, que abrangem um período de pelo menos 10 anos, revelam um suposto histórico de abusos por parte do médico, que atuava em clínicas de alto padrão e também atendia pelo SUS. O caso gerou grande repercussão nas redes sociais, com outras mulheres entrando em contato para relatar experiências semelhantes.
O Conselho Regional de Medicina (CRM) abriu uma sindicância para apurar a conduta do ginecologista, enquanto a Polícia Civil investiga os casos. A defesa do médico negou as acusações e afirmou que ele está à disposição para colaborar com as investigações.
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