'Não vou ser Jairzinho paz e amor', afirma Bolsonaro em Porto Alegre
O candidato do PSL cobrou “posição” de Marina Silva (Rede) sobre assuntos polêmicos como o aborto e o porte de armas. “Ela deu uma entrevista em março e foi perguntada se já tinha sofrido alguma violência sexual na infância. Ela falou que não, porque ‘eu e minhas irmãs menores tínhamos uma espingarda’. Ela mudou de ideia, ela é evangélica, ela tem que ter posição em alguns assuntos”, afirmou.
Perguntado sobre fala de Geraldo Alckmin (PSDB), que chamou a candidatura de Bolsonaro de “inviável” e disse que o deputado federal “perderia para qualquer um no segundo turno”, o candidato do PSL ironizou. “Ele podia ficar tranquilo já que não vou chegar a lugar nenhum”. Bolsonaro também afirmou que “tem respeito” por Ana Amélia (PP), candidata a vice na chapa de Alckmin, mas que ela se “desgastou ao ir ao Centrão”. “Parece que ela perdeu muito aqui no RS, que ela foi na contramão do que ela pregou”, disse.
Sobre a polêmica acerca do livro ‘Aparelho sexual e cia’, o candidato afirmou que o Ministério da Educação “mente”. “São uns canalhas. Esses livros peguei em bibliotecas no Vale do Ribeira”, disse mostrando a obra aos presentes. O MEC, no entanto, reiterou em diversas ocasiões que "não produziu e nem adquiriu ou distribuiu o livro" citado.
Bolsonaro também criticou quem afirma que ele defende salários distintos entre homens e mulheres e sugeriu que uma suposta diferença salarial entre William Bonner e Renata Vasconcellos fosse apurada pelo Ministério Público do Trabalho. “Pelo que sei, a Renata recebe R$ 200 mil e o Bonner, R$ 800 mil. Tinham que procurar o MPT para denunciar essa questão”, disse.
Perguntado sobre sua rejeição, Bolsonaro afirmou que “deveria ter assaltado uma estatal”. “Tenho mais rejeição do que o Lula? Eu deveria ter metido a mão em fundo de pensão, ofendido as mulheres, como o caso do grampo. Não acredito em pesquisa. Não tenho tanta rejeição assim”, afirmou.
Chegada a Porto Alegre
O candidato chegou ao Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, por volta das 10h, onde foi recebido por centenas de apoiadores. De um carro de som, Bolsonaro agradeceu os presentes e afirmou que, se eleito, irá “varrer a corrupção do Brasil”. “Eles podem me chamar de tudo, menos de corrupto”, disse.
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