Um novo laudo pericial, exibido em reportagem nesse domingo (12) pelo Fantástico, revelou que Lucélia Maria Gonçalves, presa há cinco meses sob acusação de envenenar dois irmãos de 7 e 8 anos em Parnaíba, no Piauí, pode ser inocente. 

A investigação envolvia a hipótese de que os meninos teriam ingerido cajus contaminados com veneno, mas a análise realizada nos frutos descartou a presença de terbufós, substância conhecida como "chumbinho". O laudo foi divulgado nesta quinta-feira (9) e levanta dúvidas sobre a acusação, que, até então, apontava Lucélia como responsável pelas mortes.

A reviravolta no caso vem no mesmo período em que Francisco de Assis da Costa, padrasto da mãe das crianças, foi preso como principal suspeito de envenenar um baião de dois no primeiro dia do ano. A polícia agora investiga sua possível ligação com o envenenamento das crianças e reabriu as investigações sobre o caso. O promotor do caso informou que novos elementos indicam que as vítimas poderiam ter consumido outro alimento, além do caju, o que justifica uma revisão da hipótese inicial.

Com o surgimento de novas evidências, o Ministério Público solicitou a revogação da prisão de Lucélia, que sempre negou sua participação no crime. A defesa da mulher argumenta que a prisão foi prematura e que os fatos recentes, como a prisão de Francisco e a nova linha de investigação, mostram que a acusação contra ela foi precipitada. 

Em depoimentos, Francisco demonstrou ressentimento e desprezo pela família, e é acusado de contaminar alimentos durante a madrugada de réveillon, mas continua negando envolvimento nas mortes.