O que acontece após Bolsonaro virar réu? Saiba próximos passos

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Com a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Jair Bolsonaro e sete aliados passam à condição de réus em uma ação penal. A partir de agora, o processo entra na fase de instrução, que inclui a coleta de provas e depoimentos de testemunhas. Essa etapa é crucial para que as partes apresentem elementos que sustentem suas alegações, tanto de acusação quanto de defesa.
Durante a fase de instrução, as testemunhas de acusação serão ouvidas primeiro, seguidas pelas de defesa. Além disso, os réus poderão ser interrogados, e as provas apresentadas serão analisadas pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes. Após essa etapa, o Ministério Público e a defesa terão a oportunidade de apresentar suas alegações finais, que servirão como base para o julgamento.
A possibilidade de prisão de Bolsonaro nesta fase é considerada remota, a menos que surjam motivos para um pedido de prisão preventiva, como risco de fuga ou tentativa de obstrução das investigações. Caso condenado, a execução da pena só ocorrerá após o esgotamento de todos os recursos disponíveis à defesa. A expectativa é que o julgamento seja concluído até o final de 2025, evitando que o caso se estenda para o período eleitoral de 2026.
Além de Bolsonaro, os réus incluem ex-ministros e militares do governo anterior, como Braga Netto e Augusto Heleno. A denúncia da PGR aponta para uma suposta tentativa de golpe de Estado, com penas que podem somar até 43 anos de prisão. O caso segue como um marco na história política do Brasil, com implicações que podem impactar o cenário eleitoral e a percepção pública sobre a democracia no país.
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