Pai e madrasta de Isabella Nardoni pedem redução de pena ao STF
RIO — A defesa de Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella Nardoni — assassinada em março de 2008 —, entrou com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o casal tenha a pena reduzida. Jatobá foi condenada a 26 anos e 8 meses, e Alexandre a 30 anos, 2 meses e 20 dias.
O advogado Roberto Podval diz que a sentença do juiz Maurício Fossem, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), foi "exagerada e desproporcional". Podval argumenta que a a comoção da mídia em torno do caso influenciou na pena imposta ao casal Nardoni.
Segundo ele, a redução das penas solicitada foi proporcional à sentença de cada um. Podval argumenta que, assim como nos julgamentos de Suzane Von Richtofen e Gil Rugai, foi vítima de assédio dos veículos de comunicação que cobriram o caso na época da morte da menina.
O habeas corpus foi protocolado no STF no dia 2 de março deste ano. O caso será relatado pelo ministro Dias Toffoli. O conteúdo do habeas corpus permanece sob sigilo.
ALEXANDRE PRESO E JATOBÁ EM REGIME SEMIABERTO
Sob a justificativa de que cumpria no presídio suas tarefas disciplinares de forma satisfatória e diante de um laudo psicológico afirmando que a chance de cometer novo crime é “nula”, Anna Carolina Jatobá, condenada a 26 anos e 8 meses pelo homicídio qualificado da enteada, Isabella Nardoni, foi autorizada a cumprir pena em regime semiaberto.
A Justiça de São Paulo concedeu em julho de 2017 a progressão de regime, permitindo a ela o direito de trabalhar fora e voltar para o presídio à noite.
A madrasta de Isabella estava presa desde 2008, ano do crime. A menina morreu ao ser jogada do sexto andar do prédio onde moravam o pai dela, Alexandre Nardoni, também preso, e a madrasta. Alexandre foi condenado a 31 anos, um mês e dez dias de reclusão e ainda não tem direito a pedir a progressão de pena.
Alexandre Nardoni cumpre pena na Penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé, em São Paulo.
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