Parede abdominal de Bolsonaro estava 'bastante prejudicada', diz médico

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O ex-presidente Jair Bolsonaro permanece internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Brasília, sem previsão de alta. Ele passou por uma cirurgia que durou cerca de 12 horas no domingo (13), para tratar uma obstrução parcial no intestino, decorrente de aderências causadas por intervenções anteriores após o atentado que sofreu em 2018. A equipe médica classificou o pós-operatório como “delicado e prolongado”.
Segundo os médicos, o procedimento foi considerado satisfatório e era esperado que fosse complexo, diante do histórico cirúrgico do ex-presidente. O cardiologista Leandro Echenique explicou que a operação provocou uma resposta inflamatória significativa no organismo de Bolsonaro, aumentando o risco de complicações como infecções, problemas de coagulação e necessidade de medicações para estabilizar a pressão arterial. “Não houve intercorrências, mas o pós-operatório exige cuidados intensivos e ainda não há previsão de saída da UTI”, afirmou.

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O cirurgião Cláudio Birolini, que liderou a equipe, destacou que a parede abdominal de Bolsonaro estava bastante prejudicada e o intestino delgado apresentava uma dobra que dificultava o trânsito intestinal. Durante o procedimento, os médicos realizaram uma extensa lise de aderências e reconstruíram a parede abdominal. “O abdome era considerado hostil, com múltiplas cirurgias anteriores. A recuperação será lenta, e o intestino precisa de tempo para retomar sua função normal”, explicou Birolini.
Ainda nesta segunda (14), Bolsonaro acordou, estava lúcido e conversou com os profissionais da equipe médica, segundo Echenique. Nas redes sociais, Michelle Bolsonaro agradeceu pelas mensagens de apoio e disse estar esperançosa com a recuperação do marido. A ex-primeira-dama acompanhou a cirurgia em Brasília, após o ex-presidente ser transferido em uma UTI aérea, no sábado (12), com fortes dores abdominais sentidas durante um evento do PL no Rio Grande do Norte.

ASSUNTOS: Brasil