Período crítico de incêndios gerou aumento no resgate de animais silvestres em 2024
Em 2024, mais de 25.200 animais silvestres foram resgatados e encaminhados aos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), unidades geridas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Esse número não inclui animais procedentes de apreensões ou de entrega voluntária.
Segundo dados do Sistema de Informações dos Cetas (SisCetas), gerido pela Diretoria de Biodiversidade e Florestas (DBFlo) do Instituto, um a cada quatro animais foi resgatado entre setembro e outubro, meses mais quentes e secos em quase todo o país.
Um resgate ocorre, geralmente, quando o animal é encontrado ferido, como no caso de incêndios florestais, ou em bom estado de saúde, como costuma ocorrer no pedido de recolhimento do animal em área urbana. A ação é realizada pelo Ibama ou pela instituição que for acionada, por exemplo a polícia ambiental ou os bombeiros, entre outros.
Nesse cenário, os resgates atingiram seu pico durante setembro (2.659 indivíduos resgatados) e outubro (3.483 indivíduos resgatados). Nesses dois meses, Brasília (DF) liderou o ranking, com 1.071 animais resgatados encaminhados ao Cetas, seguida pelo Cetas em Seropédica (RJ), com 915 animais recebidos, e pela unidade em Goiânia (GO), que registrou 776 recebimentos no mesmo período.
Tais números revelam um dos efeitos colaterais mais tristes e severos das mudanças climáticas, que são um dos motivos apontados para o aumento dos incêndios florestais devastadores nos biomas brasileiros em 2024.
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