PGR se opõe à liberdade de general preso por envolvimento em trama golpista
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra o pedido de liberdade do general Mário Fernandes, preso pela Polícia Federal no fim de 2022 por envolvimento em uma trama golpista que buscava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A PGR argumenta que a prisão preventiva do militar é legal e atende aos requisitos para a proteção das investigações.
Fernandes, que atuava na Secretaria-Geral da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro, é acusado de planejar, junto a outros militares, a captura e possível assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Segundo a PGR, o planejamento, descrito como uma operação terrorista, visava desestabilizar a democracia e impedir a posse do novo governo.
As investigações revelaram que Fernandes, em 9 de novembro de 2022, criou um documento detalhando o plano para executar os homicídios de Lula, Alckmin e Moraes. O arquivo, denominado "Fox_2017.docx", continha informações sobre armamentos necessários e até planos para envenenar as vítimas. A PF também relatou que o militar participou de reuniões no Palácio do Planalto discutindo ações golpistas para garantir a permanência de Bolsonaro no poder.
Agora, cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir sobre o pedido de liberdade feito pela defesa de Mário Fernandes, que argumenta pela ilegalidade da prisão preventiva.
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