Polícia estoura fábrica de camisas falsificadas da seleção brasileira
RIO - A Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) desmantelou, nesta quarta-feira, uma fábrica de camisas piratas da seleção brasileira, na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte. Oito pessoas foram conduzidas para a Cidade da Polícia para serem ouvidas. Na ação, os agentes apreenderam cerca de 10 mil camisas prontas, bem como o maquinário importado utilizado na confecção das peças e centenas de etiquetas falsas da fornecedora oficial de material esportivo para a seleção. De acordo com o delegado Maurício Demétrio, titular da DRCPIM, cada camisa era vendida a cerca de R$ 65.
— O maquinário tinha capacidade para fazer até 400 peças por dia. As nossas suspeitas é que dali partiam camisas para abastecer pontos de venda clandestina no Rio e na Baixada Fluminense — pontuou o delegado.
A investigação estava sendo conduzida há 25 dias. Ainda segundo Demétrio, os agentes trocaram tiro durante cerca de 40 minutos com criminosos da comunidade. Foi necessário o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil e também uso do carro blindado. Há a suspeita de que a fábrica de camisas contava com a cobertura do tráfico. O proprietário será identificado pela polícia. Ele irá responder por violação de propriedade material e formação de quadrilha. As apreensões estão avaliadas em R$ 3 milhões.
Um caminhão foi disponibilizado para buscar os materiais e equipamentos, que também serão levados até a Cidade da Polícia. A fábrica funcionava na região conhecida como Abóbora, dominada pelo tráfico.
OUTRA FÁBRICA NA BAIXADA
No último dia 14, a DRCPIM estourou outra fábrica de camisas piratas da seleção, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Na ação, os agentes apreenderam cinco toneladas de material, bem como o maquinário. O local tinha capacidade de produzir até mil camisas por dia, vendidas no atacado (em grandes quantidades) a R$ 50, cada. Foram apreendidos ainda rolos de linha e artes com o escudo da Confedereção Brasileira de Futebol (CBF).
ASSUNTOS: fábrica, pirataria, seleção brasileira, Brasil