A Polícia Civil do Pará deflagrou, nesta terça-feira (14), a segunda fase da operação "Demeritocracia", com o objetivo de desmantelar um grupo suspeito de fraudar e manipular resultados em um concurso público para a Polícia Militar do estado. 

A ação resultou na prisão em flagrante de uma pessoa e na detenção temporária de outras três, intensificando as investigações sobre possíveis irregularidades no certame que ofertou 4.400 vagas para a carreira de soldado. As provas do concurso foram realizadas em dezembro de 2023, com os resultados finais divulgados em abril de 2024.

A operação "Demeritocracia" mobilizou um grande efetivo policial, com o cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão em diversos municípios do estado, incluindo Abaetetuba, Belém, Ananindeua, Marituba, Tailândia, Bragança, Mocajuba e Concórdia do Pará. 

A ação contou com a participação da Diretoria de Polícia Especializada (DPE) e da Diretoria de Polícia do Interior (DPI). Durante o cumprimento dos mandados, os agentes apreenderam documentos, dispositivos eletrônicos, incluindo minicelulares, e outros materiais que serão submetidos à análise pericial para auxiliar no avanço das investigações.

Apesar das prisões e apreensões, o delegado Lucas Machado, titular da Delegacia de Estelionato e Outras Fraudes (Deof), tranquilizou os candidatos, afirmando que o concurso permanece íntegro. 

"Não há elementos que permitam concluir que os investigados foram efetivamente beneficiados pela suposta fraude. Dessa forma, o concurso permanece íntegro e segue em seu curso normal, sem qualquer prejuízo ao andamento do certame ou à credibilidade do processo seletivo", declarou o delegado.