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Presidente do CFM diz que há limites para "autonomia da mulher" em debate sobre aborto

Por Portal Do Holanda

18/06/2024 9h28 — em
Brasil


Foto: Geraldo Magela/Senado Federal

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, afirmou nesta segunda-feira (17), durante debate no Senado Federal sobre assistolia fetal que há limites para a "autonomia da mulher". 

"Até que ponto a prática da assistolia fetal em gestação acima de 22 semanas traz benefício e não causa malefício? Esta é a pergunta. Só causa malefício. Nesse campo, o direito à autonomia da mulher esbarra, sem dúvida, no dever constitucional imposto a todos nós de proteger a vida de qualquer um, mesmo um ser humano formado com 22 semanas", disse. 

Na ocasião ele ainda defendeu a legitimidade do CFM, que aprovou em abril uma resolução que proibia o método de assistolia fetal para a realização do aborto em gestações acima de 20 semanas. Hiran Gallo afirmou que a resolução é amparada em critérios éticos e bioéticos, uma vez que, segundo ele, os estudos confirmam que com mais de 22 semanas há "viabilidade de vida fora do útero". 

Em uma nota publicada em 27 de maio, o CFM chega a usar o argumento que o "feto sofre" e sugerem que se a gestação tiver mais do que 22 semanas, a mulher poderá contar com o suporte do Estado no parto e posterior encaminhamento do bebê para a adoção. 

A resolução, contudo, foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por inconstitucionalidade.


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