Relatora pede cassação de Chiquinho Brazão no Conselho de Ética por assassinato de Marielle
A relatora Jack Rocha (PT-ES) votou, nesta quarta-feira (28), pela cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Brazão é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).
Em seu voto de 25 páginas, Rocha argumenta que as investigações da Polícia Federal e as provas coletadas pelo Conselho indicam que Brazão teve comportamentos incompatíveis com o cargo de parlamentar. Ela conclui que as evidências demonstram que o deputado possui um modo de vida que não condiz com as expectativas de um representante do povo. O parecer de Rocha ainda precisa ser votado pelos membros do Conselho de Ética. Se aprovado, a decisão será submetida ao plenário da Câmara, onde requer o apoio de pelo menos 257 dos 513 deputados para ser confirmada.
A defesa de Brazão havia solicitado uma punição mais branda, como a suspensão de seis meses do mandato, alegando que os crimes imputados ocorreram antes de sua eleição para o cargo de deputado federal. Chiquinho Brazão, que nega envolvimento no caso, argumenta que as acusações são infundadas e que Marielle Franco era sua amiga. Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, ambos réus no Supremo Tribunal Federal (STF), são acusados pelo homicídio qualificado de Marielle e do motorista Anderson Gomes, assassinados em 2018. A investigação revelou que a execução foi encomendada como retaliação à atuação de Marielle contra práticas de milícias na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
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