STF reforça segurança e limita acesso a julgamento de Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal (STF) implementou um plano especial de segurança para o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete pessoas envolvidas na trama golpista de 2022. A Primeira Turma do STF deve analisar a denúncia nesta terça-feira (25). O esquema inclui a limitação de acesso ao edifício sede e aos anexos do tribunal, além de um monitoramento rigoroso de possíveis ameaças, medidas que foram intensificadas após o atentado a bomba ocorrido em novembro de 2024.
Para garantir a segurança, foram criadas barreiras de checagem próximas à entrada do tribunal, restringindo o acesso apenas a servidores e pessoas credenciadas, como advogados e jornalistas. O presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, chegou a cancelar uma sessão da Segunda Turma que estava marcada para o mesmo dia, evitando aglomerações durante a transmissão da denúncia contra Bolsonaro.
O acesso a áreas do subsolo e anexos, onde estão os gabinetes dos ministros, também será controlado. O STF contará com um policiamento reforçado e equipes de pronta resposta para emergências, com o objetivo de assegurar a realização do julgamento e a segurança de todos os presentes. O tribunal utiliza um sistema de videomonitoramento que abrange mais de 300 câmeras, permitindo identificar potenciais ameaças e agir preventivamente.
A Primeira Turma se reunirá para decidir se a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) deve ser aceita, o que tornaria os acusados réus em um processo penal. Entre os envolvidos no núcleo central da trama golpista estão, além de Bolsonaro, ex-ministros e outros aliados. A expectativa é que o julgamento seja concluído na manhã de quarta-feira (26), após a análise de questões processuais e indícios de autoria.
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