Um tributo à memória de uma irmã falecida se transformou em um pesadelo para uma adolescente após um erro de ortografia em uma tatuagem. A tatuadora, responsável pelo engano, foi condenada a pagar R$ 3,1 mil por danos materiais e morais, conforme decisão da 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

O caso começou quando a jovem decidiu tatuar a palavra "lembrança" em homenagem à sua irmã. No entanto, ao invés da grafia correta, a tatuadora deixou a letra "n" de fora, resultando na palavra "lembraça". Apesar da profissional alegar que o desenho foi previamente aprovado pela adolescente e sua mãe, a mãe da jovem contestou essa afirmação, afirmando que entregaram um esboço que incluía a letra correta.

A mãe da adolescente, que a representou na ação judicial, argumentou que o erro causou constrangimento significativo à sua filha em seu círculo social. A tatuadora, por sua vez, tentou minimizar a situação, afirmando que ofereceu uma sessão de correção e aceitou devolver 50% do valor pago pela tatuagem, mas a cliente não compareceu à sessão proposta.

O tribunal decidiu que, além dos R$ 150 por danos materiais, a tatuadora deveria arcar com R$ 3 mil em danos morais. Em sua defesa, a profissional recorreu da decisão, mas o desembargador Marcelo Pereira da Silva manteve a condenação, ressaltando que o valor da indenização não comprometeria as condições financeiras de ambas as partes.

A votação foi unânime, contando com o apoio das desembargadoras Mônica Libânio Rocha Bretas e Shirley Fenzi Bertão.