Variantes podem permanecer no corpo e serem transmissíveis por mais dias
Um estudo preliminar mostra que o corpo humano pode demorar mais para eliminar as novas cepas do covid-19, do que o vírus original.
Segundo o infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), as mutações apresentam uma resistência maior no organismo e podem se estender o tempo de transmissão, propagando ainda mais a capacidade de contágio:
“Desde a cepa inglesa, e parece que com a brasileira também, o tempo de eliminação do vírus é maior. Ou seja, aquela pessoa que está com o vírus e está doente não transmite apenas um ou dois dias antes de apresentar sintomas e cinco dias depois de confirmar a infecção. Agora, ela começa a transmitir até quatro ou cinco dias antes de ter qualquer sintoma e, depois, continua transmitindo até por sete ou dez dias”, explicou em entrevista a CNN.
O médico alerta que o novo fator é preocupante porque o infectado acredita que após o 14° dia, saiu da fase de transmissão e costuma retomar às atividades sem perceber que o vírus está ativo: “O tempo de excreção do vírus aumentou em tempo e, consequentemente, você tem muito mais vírus circulando por aí. Mesmo entre aqueles que não sabem nem que estão doentes”, aponta.
Para ele, é necessário redobrar os cuidados e aumentar o tempo de isolamento, já que pouco se sabe ainda sobre as variantes.
ASSUNTOS: Brasil