Vídeo mostra desespero de garoto após decisão judicial para ficar com pai
Vem repercutindo na internet um vídeo que mostra um garoto de 6 anos, desesperado após uma decisão do juiz Edmar Ramiro Correia, no Fórum do Riacho Fundo I, Distrito Federal, de que a guarda da criança ficará com seu pai, que mora no interior de São Paulo.
Nas imagens, o menino se agarra no colo de um homem e pede, aos prantos, para que ele possa continuar com sua mãe, e que não volte a ficar com seu pai.
A mãe da criança, Rosilene Batista Silva, que vive no DF, foi casada durante 1 ano com o pai do menino. Segundo ela, Rosilene pediu divórcio em 2011 por conta do comportamento violento do homem, com agressões físicas e psicológicas, Ela chegou a denunciar o então marido à polícia apenas três meses após a união. Depois do divórcio, ela cedeu a guarda do filho ao marido, mas depois alegou que fez isso porque foi ameaçada. "Nunca imaginei que ele pudesse fazer com o meu filho o que fazia comigo", disse ao Correio Braziliense.
Em 2015, Rosilene descobriu pela ex-cunhada que o garoto sofria maus tratos do pai e da madrasta. Ela ligou para o Conselho Tutelar de Capivari e conversou com a Defensoria Pública em Brasília, que recomendou que ela fosse visitar o filho. "Quando cheguei em São Paulo, não reconheci meu filho. Ele estava muito triste, chorava, estava abatido, magro. Quando era contrariado, xingava e mordia as pessoas. Ele me implorou para ficar comigo, então resolvi trazê-lo para casa", relata.
A mãe levou o filho ao Distrito Federal, sem a autorização do pai, e lá procurou o Conselho Tutelar, onde ele foi ouvido, pedindo a guarda provisória da criança. Um laudo do conselho comprovou sinais de agressão, e o menino reafirmou não querer morar com o pai e a madrasta.
O homem, no entanto, entrou com pedido de busca e apreensão para levar o filho de volta a São Paulo e de forma inesperada para a Defensoria Pública e para a mãe da criança, o pai recuperou a guarda na quarta-feira, 27.
A Defensoria Pública de Brasília tentará reverter o caso. O homem e seu advogado não foram localizados para comentar o caso.
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