Mergulhadores encontraram, nesta quinta-feira (26), os corpos de duas pessoas presas a 35 metros de profundidade no rio Tocantins, dentro de uma caminhonete soterrada por uma carreta, após a queda da ponte Juscelino Kubitschek.

A descoberta, feita pelo tenente-coronel Rafael Barreto Menezes, do Corpo de Bombeiros do Tocantins, agrava ainda mais a complexidade das operações de resgate. A profundidade, a escuridão e a presença de destroços no leito do rio representam um grande desafio para os mergulhadores, que enfrentam um risco elevado a cada imersão.

“Dentro desse veículo eu consegui identificar duas vítimas, possivelmente uma mulher e um homem”, disse o coronel.

Para auxiliar nas buscas, a Marinha e a Petrobras enviaram equipamentos de última geração para a região. Uma câmara hiperbárica, equipamentos de mergulho em águas profundas, um robô subaquático e um sonar de alta resolução foram mobilizados para tentar localizar e resgatar as vítimas.

O robô subaquático, equipado com câmeras de alta resolução, permite explorar áreas de difícil acesso para os mergulhadores, fornecendo imagens detalhadas do leito do rio. Já o sonar gera imagens mais nítidas do fundo do rio, auxiliando na localização de objetos e pessoas.

A tragédia da ponte JK causou nove mortes e deixou oito pessoas desaparecidas. As buscas foram suspensas nesta sexta-feira (27) devido ao risco de um novo desabamento.