A rede social X, de Elon Musk, informou que, desde 2020, atendeu a 223 ordens judiciais do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para suspender ou bloquear contas. As determinações, muitas delas sigilosas, afetaram influenciadores e políticos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusados de disseminar notícias falsas, incitar atos antidemocráticos e ameaçar autoridades.

Segundo o jornal UOL, a lista das contas bloqueadas foi enviada pela plataforma ao ministro Alexandre de Moraes, como parte de um pedido de revisão da decisão que suspendeu o funcionamento da rede social no Brasil por 39 dias. Entre os perfis afetados estão os de Nikolas Ferreira, Carla Zambelli, Bia Kicis e outros nomes de destaque do bolsonarismo.

Além de cumprir ordens relacionadas à desinformação e às eleições de 2022, o X afirmou que forneceu dados e informações solicitadas pela Justiça. Mesmo assim, a rede foi multada e obrigada a nomear um representante no país para retomar suas operações. A empresa alega que as ordens judiciais deveriam ser limitadas a postagens específicas, e não à suspensão total de perfis, para evitar censura prévia.

Veja alguns dos perfis do X bloqueados ou suspensos por ordem judicial:

Nikolas Ferreira (PL-MG), deputado federal;
Carla Zambelli (PL-SP), deputada federal;
Bia Kicis (PL-DF), deputada federal;
Daniel Silveira, ex-deputado federal;
Roberto Jefferson, ex-deputado federal;
Luciano Hang, empresário;
Allan dos Santos, comentarista e ativista;
Rodrigo Constantino, comentarista e ativista;
Oswaldo Eustáquio, comentarista e ativista;
Paulo Figueiredo, comentarista e ativista.