O apresentador Bruno de Luca foi condenado, pela Primeira Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a pagar R$ 15 mil de indenização a um funcionário do Hotel Majestic, em Florianópolis, após xingá-lo de "favelado", "vagabundo" e "filho da puta". Cabe recurso da decisão.

Segundo testemunhas do caso, a atriz Lívia Lemos estava com o apresentador na ocasião, e teria desferido um soco no recepcionista, mas o funcionário apenas denunciou Bruno.

No processo, a vítima relatou que às 5h da manhã do dia 21 de novembro de 2009, Bruno chegou ao hotel com amigos e começou a tocar música em um volume alto em seu apartamento, levando hóspedes a reclamarem da situação na recepção. Após ligar para o quarto do apresentador sem sucesso, o funcionário afirma ter pedido pessoalmente que reduzisse a música, mas foi ignorado e resolveu registrar o fato no registro do livro de hóspedes do estabelecimento.

Conforme o relato, Bruno e a amiga Lívia Lemos estavam visivelmente alcoolizados e foram até a recepção e teriam agredido o rapaz fisicamente - no caso de Lívia - e verbalmente - no caso de Bruno. Funcionários que presenciaram a cena afirmam que a atriz deu um soco no recepcionista, e que Bruno gritava incitando o funcionário revidar a agressão da atriz.   Em seguida, teria chamado o rapaz de "favelado, filho da puta e vagabundo".

Segundo decisão do desembargador Raulino Jacó Bruning, relator do caso no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, cabia a Bruno de Luca provar o contrário, no entanto, ele "permaneceu inerte".

“Poderia ter arrolado testemunhas, inclusive a amiga que afirma ter defendido naquela ocasião. Todavia, não o fez. Nem sequer as alegações de agressões mútuas ou de invasão ao seu dormitório foram comprovadas ao longo da instrução probatória", diz a sentença.

^{Com informações da coluna de Fausto Macedo, do Estadão.}