Câncer de próstata: pesquisa revela que 7 a cada 10 homens terão a doença
Apesar de ser um tema bastante discutido na sociedade atual e, por vezes, desmistificado, o medo, a vergonha e o preconceito ainda são os maiores empecilhos na descoberta de doenças como o câncer de próstata. Por ser considerado um constrangimento, o exame de toque retal, que ajuda os médicos a detectarem se há algum tipo de alteração na próstata, ainda é um tabu para alguns homens.
Uma pesquisa recente realizada pelo Inca, mostrou que a cada dez homens no mundo, ao menos sete terão a doença. Além disso, o câncer de próstata é o segundo que mais mata, e fica atrás apenas do câncer de pulmão. Um dado preocupante é que quanto mais cedo for detectado, maiores também serão as chances de cura que podem chegar a 90%.
Segundo João Carlos Neiva, oncologista do Hapvida Saúde, como a maioria dos cânceres, o câncer de próstata pode ser assintomático e silencioso, ou seja, quando o paciente vier a apresentar os sintomas, provavelmente pode estar com estágio avançado, por isso, a prevenção é tão importante.
“Pelo fato do câncer de próstata ser uma doença, às vezes, silenciosa, só é possível dar o diagnóstico quando ela se encontra em uma fase avançada com o aparecimento de dores ósseas, principalmente em quadril e coluna lombar”.
Ele explica que alguns sinais, como dificuldade para iniciar ou finalizar a urina, gotejamento após o término da urina, redução do calibre e força do jato urinário, aumento da frequência de urinar à noite e do tamanho da próstata, até podem trazer um alerta ao homem, mas o diagnóstico só pode ser preciso, com a realização do toque retal.
Esse tipo de exame também pode ser aliado ao exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) que detecta o nível de uma proteína produzida pelo tecido prostático normal ou pelo tumor, mas este não é 100% exato, daí a necessidade do toque, como enfatiza Neiva.
“O PSA isolado pode não ser tão assertivo, o ideal é que ele seja realizado anualmente para identificar alteração ou variações nos seus valores e sempre deverá ser acompanhado do toque retal, tendo em vista que em até 20% dos tumores de próstata não é observado alteração no PSA e, neste caso, os tumores tendem a ser mais agressivos, necessitando uma abordagem adequada o quanto mais precoce. O toque retal oferecerá uma avaliação da textura do órgão que poderá ser diferente de um ano para o outro e assim chamar a atenção do urologista para uma possível patologia”.
O médico do Hapvida destaca que o homem deve entender a importância de um acompanhamento médico de rotina. Por isso, realizar consultas e exames periodicamente e conservar hábitos saudáveis podem ajudar e muito na prevenção de combate ao câncer.
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