Projeto defende permanência de cobradores em ônibus com pagamento totalmente eletrônico em Manaus
Para acabar com o impasse do fim de recebimento em dinheiro dentro dos coletivos municipais e o possível desemprego que isso poderá acarretar, o vereador Professor Gedeão Amorim (PMDB) protocolou projeto de lei (PL) na Câmara Municipal de Manaus (CMM) que cria a obrigatoriedade de dois funcionários por coletivos para melhor atendimento a população.
O PL define que os ônibus que integram o sistema de transporte coletivo do Município de Manaus deverão ter, no mínimo, um funcionário, além do motorista, para fins de orientação e auxílio ao usuário, além da cobrança da passagem quando for o caso. “Nos ônibus que não tiverem mais pagamento em dinheiro o segundo funcionário terá funções como orientar a auxiliar os usuários, especialmente os idosos, gestantes e pessoas de mobilidade reduzida, assistir o motorista nas atividades necessárias, evitar a evasão de receitas e outras funções que sejam necessárias para garantir a qualidade do transporte para a população”, salienta Amorim.
Gedeão, que foi autor da proposta da bilhetagem eletrônica ser a única forma de pagamento dos ônibus da cidade, depois de ouvir os diversos setores envolvidos e buscar outros modelos no país, acredita que esse projeto de lei atende ambas as demandas levantadas, principalmente a preocupação dos rodoviários com o desemprego em massa de cobradores que poderia ser causado com a iniciativa.
De acordo com o vereador há uma tendência mundial de substituição das atuais catracas mecânicas pelas catracas eletrônicas. “A consequência negativa seria o desemprego, porém com esse projeto de lei, baseado no exemplo da cidade de São Paulo, evitamos que isso ocorra e ainda garantimos mais segurança e qualidade para a população”, destaca o parlamentar.
A indicação, discutida em plenário sobre o fim do recebimento em dinheiro nos coletivos da cidade foi motivada, principalmente pelos recorrentes assaltados em linhas de ônibus. “Hoje, uma das principais alternativas para reduzirmos os índices de crimes é a retirada do pagamento em dinheiro dentro dos coletivos. Criminosos invadem os coletivos a qualquer horário do dia, tomam o dinheiro do caixa mantido pelo cobrador e ainda fazem o conhecido “arrastão” nos pertences dos passageiros”, indica o autor da proposta.
O novo projeto de lei contempla as críticas sobre o possível desemprego gerado com a indicação anterior da bilhetagem eletrônica e garante a população segurança e qualidade no serviço. “Nossa maior preocupação foi ouvir os setores envolvidos e dar uma resposta que agregasse os dois maiores problemas que temos no transporte coletivo: coibir os assaltos e não gerar desemprego. Com essa alternativa, possibilitamos que os cobradores continuem empregados e desenvolvam funções que melhorarão o serviço para a população. E ainda assim, seremos capazes de diminuir a insegurança nas linhas de ônibus da cidade”, afirma Gedeão Amorim.
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