CURITIBA - As dez amostras de carnes e embutidos produzidos por empresas investigadas pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que foram coletadas pela prefeitura de Curitiba, na semana passada, estão próprias para consumo, conforme concluíram as análises feitas pelo Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen-PR), nesta sexta-feira.

As amostras foram coletadas entre segunda e terça-feira, dias 20 e 21, em estabelecimentos comerciais da capital paranaense, escolhidos aleatoriamente. As análises físico-química e microbiológica foram feitas nos produtos das quatro empresas investigadas PF: carnes resfriadas (Friboi/JBS), carne bovina salgada curada (Novilho Nobre), linguiça tipo calabresa (Sadia/BRF), linguiça mista (BRF), mortadela de frango (Seara/JBS), presunto (Sadia/BRF), salame (Perdigão/BRF) e salsicha (Italli/Peccin e Seara/JBS).

"O resultado apresentado demonstrou que as amostras apresentam padrão de qualidade para comercialização. Isso não demonstra que não tenhamos problemas, mas que nem todos os lotes de produtos estejam afetados, ou seja, que são problemas localizados", aponta o coordenador da Vigilância Sanitária estadual, Paulo Costa Santana.

Essa foi a primeira rodada de análise de produtos coletados. Outras dez amostras das mesmas empresas já estão sendo verificadas pelo Lacen. Os resultados devem sair na próxima sexta-feira, dia 7. O monitoramento deve ser mantido pelos próximos dois meses com coletas em outros municípios do Paraná.

As amostras cujos resultados foram divulgados passaram também por avaliações microbiológicas, para identificar a presença de clostrídios, estafilococos, coliformes fecais e salmonela. Como explica Santana, como se trata de uma fiscalização sanitária, esses testes não apontam possíveis adulterações na rotulagem dos produtos, como quantidades maiores ou menores de algum elemento na composição dos alimentos, o que pode caracterizar fraude ao consumidor.