Acidente na BR-174 interrompe fuga do suspeito de matar Miss Manicoré
Manaus/Am- Rafael Fernandez Rodrigues, que é técnico judiciário concursado do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT 11), empreendeu uma fuga com destino a Roraima, onde tem parentes.
Nesse percurso, sofreu um acidente que destruiu o carro dele, modelo Audi de placa PNH7B39, mas o deixou só com ferimentos leves no pescoço.
Os agentes acreditam que Rafael passou em alta velocidade pelo trecho e sem perceber a curva acabou perdendo o controle da direção e provocando o acidente.
Na rodovia, conseguiu carona de um caminhoneiro que relatou ter dado carona para Rafael, que estava sem pertences e ainda com as roupas com as quais foi flagrado nas imagens do elevador, informou a delegada adjunta Zandra Ribeiro.
Naquele momento, o suspeito estava apenas com um papel na mão, que era o número de celular do pai, encontrado morto em São Paulo, dias depois de ter recebido o telefonema do filho.
Após ser preso no dia 15, em Pacaraima, município do Estado de Roraima, o acusado foi conduzido pela Polícia Civil do Amazonas para Manaus.
Em entrevista exclusiva ao Portal do Holanda à época, o sargento Roney Cruz, Divisão de Inteligência e Captura de Roraima (Dicap), contou que Rafael estava escondido em uma invasão de venezuelanos que chegaram a ameaçar policiais para evitar que ele fosse preso.
Dois deles chegaram a puxar terçados para os agentes na tentativa de impedir que entrassem no local.
Roney contou que Rafael Fernandez não estava na cabana, mas escondido em uma área de mata. A equipe teve que montar campana no local e aguardar o retorno dele ao barraco, onde passava pouco tempo com medo de ser preso.
DESTINO ERA VENEZUELA
"A primeira tentativa fomos a um local onde ele não estava. Depois ele recebeu ajuda de venezuelanos e conseguiu fugir novamente. À noite, por volta de 1h da madrugada conseguimos obter sucesso na prisão. Onde ele estava em uma cabana em Pacaraima", disse.
De acordo com o delegado, Rafael tentou por três vezes entrar na Venezuela sem sucesso. Na primeira tentativa, segundo o próprio Rafael, foi impedido por policiais do Exército, na segunda pela Força Nacional da Venezuela e na última tentativa, obteve ajuda de venezuelanos, mas não conseguiu passar novamente pela Força Nacional.
No momento da detenção, Rafael estava deitado e não resistiu à ordem de prisão. Cruz afirma que o jovem não tinha bagagens, nem objetos pessoais, apenas R$ 600 em dinheiro e documentos. Ele já havia trocado de roupa, provavelmente emprestada de alguém da invasão.
Ao ser levado para a delegacia de Roraima, permaneceu em silêncio e não demonstrou qualquer sentimento de arrependimento pelo ato cometido, conforme relato do policial.
Às 10h do dia 16 de maio, sábado, o delegado responsável pelo caso de Rafael em Roraima falou em entrevista coletiva à imprensa sobre a prisão que foi comemorada por amigos e familiares de Kimberly no Amazonas.
ASSUNTOS: Caso da Miss Manicoré