Seap apura responsáveis pelas 15 mortes durante briga entre detentos no Compaj
Manaus/AM - O secretário de Estado de Administração Penitenciária (Seap), coronel Marcus Vinicius de Almeida, informou que o órgão já iniciou as investigações para identificar responsáveis pela morte de 15 detentos durante briga no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), neste domingo (26).
A briga envolveu internos dos pavilhões 3 e 5 do Compaj. O secretário destacou que assim que o conflito iniciou, o Grupo de Intervenção Penitenciária (GIP), criado em janeiro deste ano e formado por policiais militares, foi acionado, evitando um dano maior.
“Minutos depois do início da confusão, o diretor da unidade acionou o Grupo de Intervenção Penitenciária e, em menos de 40 minutos, a situação já estava contida. Não houve vítimas que não fossem internos, não houve fugas, não houve subida em telhados. Houve apenas essa briga interna e, em seguida, a PM entrou e retomou a situação”, afirmou o secretário da Seap.
A ocorrência começou às 11h, no momento em que parentes faziam visitas. Após acionado, em menos de três minutos, o Grupo de Intervenção Penitenciária iniciou os trabalhos e o conflito foi contido antes do meio-dia. Nenhum familiar ficou ferido.
As mortes de detentos aconteceram nas quadras e dentro das celas, com uso de estoques (feitos com escovas de dente) e também por enforcamento.
A Seap fará um levantamento, por meio das câmeras de segurança, para identificar os autores dos assassinatos e encaminhar para a Justiça, além de aplicar medidas administrativas em toda a unidade. “Da parte administrativa, nós vamos tomar medidas de segurança, como a suspensão das visitas, no momento, e outras medidas internas”, afirmou o secretário da Seap.
Familiares dos presos estão recebendo atendimento pela equipe de psicólogos e assistentes sociais da Seap, na entrada do ramal que dá acesso ao Compaj.
ASSUNTOS: chacina, compaj, rebeliao, Policial