Cientistas criam útero artificial
É uma cena digna do filme Matrix, mas a notícia é boa. No interior de um saco plástico transparente, com a aparência de uma embalagem zip lock, um cordeirinho nascido prematuro termina sua gestação com sucesso fora do corpo da mãe – e ganha uma segunda chance de desenvolver seu cérebro, coração e pulmões no ritmo correto.
O invólucro é preenchido por uma versão sintética do líquido amniótico de um útero real, que é filtrado constantemente. Além de isolar o bebê prematuro das infecções a que seu sistema imunológico seria exposto no ambiente de um hospital, a substância mantém os pulmões do recém-nascido submersos, um pré-requisito para seu desenvolvimento adequado.
A respiração é artificial. Uma máquina do lado de fora da bolsa tira gás carbônico e adiciona oxigênio ao sangue do cordeiro – o líquido entra e sai pelo cordão umbilical impulsionado pelos próprios batimentos cardíacos do filhote, não é preciso bombeá-lo. O método evita danos ao delicado sistema circulatório do feto e simula a troca de gases com a mãe.