Médico diz que coronavírus pode ser apenas 'ensaio' de próxima grande pandemia
A pandemia do novo coronavírus entrou pra história após infectar 3.435.894 milhões de pessoas e levar ao óbito 239.604 em todo o mundo.
No Brasil, são 7.288 mortes e 105.222 infectados pela doença, de acordo com o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde na última segunda-feira (4). Porém, de acordo com o médico, físico, professor emérito de Informática Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e professor titular de Matemática Aplicada da Fundação Getulio Vargas (FGV), Eduardo Massad: "a pandemia do novo coronavírus está mais para um ensaio geral da big one (a maior, ou a grande pandemia), essa sim uma pandemia que pode matar bilhões"
Segundo Massad, uma vacina precisaria estar previamente pronta contra a próxima epidemia, porque ela provavelmente também atacaria os pulmões, assim como a covid-19, porém de forma avassaladora. O médico estima que 'A Grande Epidemia' seria na verdade uma pandemia de proporções catastróficas e que poderia em um ano, matar cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo. Além disso, poderoa afetar inclusive a expectativa de vida da humanidade: da média atual de 72 anos para aproximadamente 58 anos. Essa possibilidade se baseia em parte em eventos históricos como a peste negra. Massad também leva em conta a possibilidade teórica de mutações de vírus de transmissão respiratória e destaca o H5N1 (gripe aviária), com letalidade maior que 50%, e que poderiam, de acordo com a alta interação com animais infectados em alguns locais, passar a ser transmitidos entre humanos: "Caso um vírus como o H5N1 venha a se transmitir entre humanos por via respiratória, com as mesmas taxas de contágio que apresenta entre as aves, eis aí um forte candidato ao big one."
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