'O Último Azul': Filme brasileiro vai concorrer ao Urso de Ouro em Berlim

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O Brasil celebra seu retorno à competição principal do Festival de Berlim após cinco anos com o longa "O Último Azul", dirigido por Gabriel Mascaro. O anúncio foi feito na terça-feira (22) e marca mais um capítulo significativo para o cinema nacional. O filme terá sua estreia mundial no festival, que acontece entre os dias 13 e 23 de fevereiro de 2025, concorrendo ao prestigiado Urso de Ouro.
Estrelado por Denise Weinberg e Rodrigo Santoro, o longa conta a história de Tereza, uma mulher de 77 anos forçada pelo governo a abandonar sua vida para viver em uma colônia habitacional destinada a idosos. Antes do exílio, ela embarca em uma jornada pela Amazônia para realizar seu último desejo.

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Gabriel Mascaro, que já participou da Berlinale em 2019 com Divino Amor, comemorou a seleção:
"Só o fato de ‘O Último Azul’ estar na principal sessão da Berlinale já é uma grande vitória para o cinema brasileiro. Estou muito honrado em saber que nosso filme vai competir pelo Urso de Ouro, mas o maior prêmio é ver a cultura brasileira pulsando novamente."
Rodrigo Santoro, um dos protagonistas, destacou a relevância do feito:
"Essa indicação reforça a capacidade do Brasil de produzir cinema profundo e competitivo. É emocionante ver o cinema independente chegando tão longe, feito com garra e talento."
Outros brasileiros na Berlinale
Além de "O Último Azul", o Brasil estará representado em outras categorias do festival. O longa "A Melhor Mãe do Mundo", de Anna Muylaert, estrelado por Shirley Cruz e Seu Jorge, foi selecionado para a mostra Berlim Special, ao lado de grandes produções internacionais como "Mickey 17", dirigido por Bong Joon Ho, e "The Thing with Feathers", estrelado por Benedict Cumberbatch.
Outras oito produções brasileiras também foram anunciadas:
- Na mostra Generation, dedicada ao público infantojuvenil, destacam-se:
- "A Natureza das Coisas Invisíveis", de Rafaela Camelo.
- "Arame Farpado", de Gustavo de Carvalho.
- "De Menor", série de Caru Alves de Souza.
- "Hora do Recreio", documentário de Lúcia Murat.
- No Forum Expanded, serão exibidos "Cartas do Absurdo", de Gabraz Sanna, e "Zizi", de Felipe M. Bragança.
- Por fim, "Ato Noturno", de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher, estará na mostra Panorama, que explora temas queer, feministas e políticos.
Históricos brasileiros no festival
O Brasil já conquistou o Urso de Ouro com clássicos como "Central do Brasil" (1998), de Walter Salles, e "Tropa de Elite" (2008), de José Padilha. Este ano, com uma presença significativa no festival, o país reafirma sua posição como um dos grandes nomes do cinema global.
O Festival de Berlim 2025 promete ser um marco para o cinema brasileiro, que volta a brilhar no cenário internacional com obras que combinam criatividade, sensibilidade e resistência cultural.

ASSUNTOS: Cinema