PDT formaliza no TSE pedido de nova eleição presidencial
BRASÍLIA - Conforme anunciado na quinta-feira, o PDT apresentou nesta sexta uma ação no Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) solicitando a anulação do primeiro turno da eleição presidencial e a convocação de um novo pleito. O pedido é baseado em denúncia publicada pelo jornal "Folha de S. Paulo", segundo a qual empresas — que foram proibidas de fazer doações eleitorais — estariam favorecendo a campanha do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao comprar pacotes de divulgação em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp . Na ação no TSE, o PDT quer verificar a ocorrência de "abuso de poder econômico e ilicitude na arrecadação e nos gastos de campanha".
O PDT é o partido de Ciro Gomes, candidato a presidente que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, atrás de Bolsonaro e Fernando Haddad (PT). Segundo o PDT, Ciro "foi claramente maculado pela conduta abusiva" do candidato do PSL. Caso Bolsonaro tivesse ficado de fora, o segundo turno seria entre os candidatos do PDT e do PT.
Bolsonaro negou participação em qualquer irregularidade. Mas o PDT avalia que isso não impede de responsabilizá-lo. O partido pede ainda que ele fique inelegível por oito anos.
"O Tribunal Superior Eleitoral já se manifestou em algumas oportunidades sobre o tema e tem reafirmado que, independentemente da participação dos candidatos na prática do abuso de poder e/ou de condutas vedadas, estes devem responder pelo ato ilícito, o que pode acarretar a perda do mandato, caso haja gravidade suficiente para macular a legitimidade do pleito", diz trecho da ação do PDT.
O partido diz também que, na sexta-feira da semana passada, em transmissão pelo Facebook, Bolsonaro "criticou o Whatsapp pela limitação de encaminhamento de mensagens, medida aplicada para o enfrentamento das notícias falsas veiculadas em larga escala".
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