A corretora Hosana Pontes, irmã da modelo Raquel Santos - candidata ao Musa do Brasil que morreu após realizar um procedimento estético no rosto - passou por duas cirurgias plásticas no início desta semana, e recebeu alta nesta quarta-feira, no momento em que ocorre o velório e o enterro da irmã em um cemitério de Niterói, no Rio de Janeiro.


De acordo com a avó das jovens, Hosana se submeteu a uma lipoaspiração no abdômen e um implante de prótese de silicone nos seios.  

O velório de Raquel foi interrompido na terça-feira, e o enterro suspenso por autoridades policiais, por conta da falta de laudo do IML e divergências nas informações. As cerimônias só tiveram continuidade após a confusão ser resolvida. A polícia continua investigando o  confronto de informações que aconteceu entre os médicos que atenderam Raquel. Raquel começou a sentir uma falta de ar após ser atendida na clínica estética do cirurgião Wagner de Moraes, marido de Ângela Bismarchi, no bairro São Francisco, no fim da tarde de segunda-feira.

Segundo o empresário Gilberto Azevedo, marido de Raquel, ela pagou R$ 6.500 para fazer preenchimentos no rosto e nas nádegas. Após o procedimento, por volta das 18h40m, ele foi à clínica buscar a mulher e ela começou a reclamar de falta de ar. Ela foi levada às pressas para o hospital e submetida a massagem cardíaca além de outros procedimentos de ressuscitação, mas não resistiu. Gilberto afirma que a esposa não recebeu os primeiros socorros na clínica de Wagner e pensa em processar o cirurgião. 



Já o cirurgião afirma que acompanhou a paciente e orientou Gilberto a levá-la ao hospital, e disse que o procedimento feito na modelo era muito simples e não teve relação com a morte. "O produto que eu apliquei não tem contra-indicação. E eu fiz um teste do produto na pele dela antes da operação e não deu nada. O problema dela era de saúde, e o exame do IML vai comprovar isso", disse. 

O médico revelou ainda que ela omitiu na ficha médica que fumava e tomava anabolizantes e que só soube do fato quando o marido dela o revelou, depois da operação. 
"Ele (o marido) me contou que ela ia fazer um tratamento psiquiátrico pela sua compulsão pela beleza. Ela já tinha operado várias coisas", contou o médico.

"Quando ela chegou na minha clínica passando mal, estava com falta de ar e a gente encaminhou para o hospital. Mas ela fumava muito - de dois a três maços por dia - e já tinha dificuldade para respirar. O marido contou que ela havia aplicado um aerosol para asma antes. Além disso, há cerca de três meses, ela usava um esteróide de uso animal que injetava sozinha na coxa, diariamente. Ela não me relatou nada disso, só soube depois. Mas não que isso influenciasse em alguma coisa... O procedimento feito foi mínimo. Mas é aquilo, né? Essas coisas que o pessoal usa em academia não se chama bomba por acaso... Uma hora explode”, finalizou.