América Latina pede a João Paulo II e João XXIII: 'roguem por nós'
afp.com / Alejandro Rustom
Buenos Aires (AFP) - Vários países da América Latina, a região com o maior número de católicos do mundo, celebraram com vigílias e missas lotadas a canonização dos papas João Paulo II e João XXIII neste domingo.
"Agora podemos dizer: São João XXIII e São João Paulo II, roguem por nós", afirmou, enfático, em sua homilia, o arcebispo da capital argentina, Mario Poli, escolhido por Jorge Bergoglio para substituí-lo após ser nomeado sumo pontífice em 2013.
Antes da missa, acompanhada por cerca de 400 fiéis - entre eles mais de 50 integrantes da comunidade polonesa, com seus trajes típicos multicoloridos -, a canonização foi transmitida por telão.
No Brasil, o país com mais católicos do mundo com seus 130 milhões de fiéis, uma pequena igreja do bairro carente de Alagados, em Salvador, foi a primeira a adotar o nome "São João Paulo II". Inaugurada em 1980 por João Paulo II na primeira das três visitas feitas por ele ao Brasil, a igreja agora se chama "Notre Dame dos Alagados e de São João Paulo II".
Os fiéis da paróquia acordaram cedo para acompanhar pela televisão a cerimônia realizada na Praça de São Pedro, liderada pelo papa Francisco e que também contou com a participação do papa emérito Bento XVI.
No sábado à noite, a Catedral Metropolitana da Cidade do México recebeu centenas de pessoas que celebraram as canonizações com uma vigília marcada por orações e cânticos. No domingo, mais de dez mil foram à Basílica de Guadalupe na capital mexicana para uma missa especial.
Agitando pequenas bandeiras brancas e amarelas - as cores do Vaticano -, a multidão festejou a inauguração da placa em homenagem a Wojtyla, com sua famosa frase "México, sempre fiel". João Paulo II visitou cinco vezes o segundo país latino-americano com mais católicos.
Em San José, na Costa Rica, pelo menos 35 mil pessoas também se reuniram no sábado à noite, no Estádio Nacional, para acompanhar as canonizações por telão. O evento teve um significado especial, já que o segundo milagre atribuído a João Paulo II foi a cura de uma costa-riquenha que tinha um aneurisma cerebral e que participou da cerimônia no Vaticano.
Uruguaios, colombianos, bolivianos, chilenos, guatemaltecos, peruanos e equatorianos também celebraram a canonização com missas especiais em suas catedrais e em suas paróquias.
ASSUNTOS: Coluna 2, João paulo II, João XXIII, Mundo