WASHINGTON e SEUL - O vice-embaixador da Coreia do Norte na Organização das Nações Unidas (ONU), Kim In-ryong, afirmou nesta quarta-feira que o país planeja lançar muitos outros satélites, acusando os Estados Unidos de tentar impedir seus esforços para ajudar a ampliar pacificamente seu desenvolvimento espacial.

O representante norte-coreano disse no encontro "Cooperação Internacional em Usos Pacíficos do Espaço Sideral", organizado por um comitê da Assembleia Geral da ONU que o plano de cinco anos (2016-2020) da Coreia do Norte inclui o progresso de "satélites práticos que possam contribuir ao desenvolvimento econômico e aprimoramento da vida da população".

Kim disse que a Coreia do Norte é parte de vários tratados espaciais e suas atividades de desenvolvimento são "todas de acordo com bases legais em todos os aspectos".

No entanto, ele afirmou que os Estados Unidos estão "ficando frenéticos para ilegalizar nosso desenvolvimento no espaço sideral" ao alegar que a Coreia do Norte não respeita sanções da ONU.

Diplomatas dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão se reuniram nesta quarta-feira em Seul para discutir políticas de resposta ao avanço bélico e nuclear norte-coreano.

— Nosso objetivo é, ao longo da campanha de pressão, trazer a Coreia do Norte à mesa de negociação sem pré-condições de modo que alcancemos nossa meta de desnuclearizar a Península Coreana — afirmou o representante americano John Sullivan em coletiva de imprensa após o encontro. — A diplomacia é nosso objetivo e meio primário para lidar com a ameaça imposta pela Coreia do Norte. Mas precisamos estar preparados a qualquer eventualidade dada a naturza imprevisível do regime de Pyongyang.

A ex-candidata à Presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton disse nesta quarta-feira que as "arrogantes" ameaças de começar uma guerra na Península Coreana são "perigosas e míope", pedindo que os EUA levem todos os envolvidos à mesa de negociação.

Hillary também pediu que a China assuma um "papel mais proeminente" reforçando sanções contra a Coreia do Norte, que visam reduzir seus programas de desenvolvimento nuclear e de mísseis.

"Não há necessidade de sermos belicosos e agressivos (em relação à Coreia do Norte", disse Hillary no World Knowledge Forum, em Seul, enfatizando a necessidade de mais pressão contra a Coreia do Norte e mais diplomacia para levar Pyongyang a negociações. Fonte: O Globo.