Rússia anuncia que já começou a produção de sua vacina contra a Covid-19
O Ministério da Saúde da Rússia anunciou neste sábado (15) que começou a produção do primeiro lote da vacina Sputnik V contra a Covid-19.
Segundo um site de notícias do Globo, em comunicado, o governo disse que "a produção de uma vacina contra nova infecção por coronavírus, Covid-19, desenvolvida pelo Centro de Pesquisa Gamaleya do Ministério da Saúde da Rússia, já começou".
A Rússia foi o primeiro país a registrar uma vacina contra a Covid-19. Apesar do anúncio, sabe-se pouco sobre a eficácia dessa vacina, e ela vem sendo questionada por especialistas internacionais.
Segundo o site da vacina, a imunização foi testada em animais antes de ser aplicada em humanos – incluindo em dois tipos de primatas. A Rússia não informou, entretanto, nenhum estudo científico sobre os testes que realizou.
Os testes clínicos iniciais da vacina russa em humanos começaram há menos de dois meses, no dia 17 de junho. O Instituto Gamaleya, de Moscou, testou apenas 38 pessoas e não publicou qualquer resultado desses estudos até agora.
A Organização Mundial da Saúde afirmou que está em contato com as autoridades de Saúde da Rússia e que conversas sobre um possível sinal verde da OMS estão em andamento. Mas frisou que, para isso, é fundamental uma revisão rigorosa de todos os dados sobre segurança e eficácia.
Para a organização, acelerar as pesquisas não pode significar mandar a segurança para o espaço.
A Associação de Organizações de Ensaios Clínicos, que representa as principais farmacêuticas do mundo na Rússia, pediu o adiamento da aprovação para depois da fase três. E a revista científica Nature estampou indignação em relação à segurança.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que conhece muito bem a vacina porque uma das filhas tomou. Putin contou que, depois da primeira dose, ela teve 38 graus de febre e, após a segunda, a temperatura também subiu um pouco, mas depois voltou ao normal. “Ela se sente bem e as estatísticas são ótimas”.
Veja também
ASSUNTOS: coronavírus, COVID-19, produção de vacina, Rússia, Mundo