Vacina para gestantes: mitos e verdades
As gestantes sempre tomam cuidado sobre os tipos de vacina e se existem riscos para a saúde da mãe e do bebê. O site UOL separou algumas perguntas sobre mitos e verdades relacionados à vacinação das gravidinhas e a ginecologista e obstetra, especialista em medicina fetal, Tatiana Barbosa Pellegrini, apontou importantes informações.
Confira;
1. A gestante não deve sair de casa para se vacinar durante a pandemia.
Mito: A médica alerta que, pelo contrário, tomando os cuidados adequados indicados pelos órgãos de saúde, como manter o distanciamento social, lavar as mãos frequentemente ou utilizar álcool em gel 70% e usar a máscara, a gestante deve sim comparecer para cumprir o calendário de vacinação, que é muito importante para a manutenção da sua saúde e faz parte dos cuidados no pré-natal.
2. A vacina da gripe é segura, pois é feita com vírus inativado.
Verdade: As gestantes e puérperas devem tomar a vacina para se proteger contra o vírus influenza (e seus subtipos) para evitar as complicações da doença, como a pneumonia, principalmente porque este público possui uma resposta imunológica inferior frente à uma infecção por vírus ou bactéria, devido às flutuações hormonais. Há pouco tempo, inclusive, elas foram consideradas como público de alto risco para o novo coronavírus, especialmente aquelas que apresentavam doença pré-existente.
Além destes fatores, a vacina da gripe também protege o bebê por meio dos anticorpos da mãe repassados pela placenta, e após o nascimento, através do aleitamento materno. "A dose pode ser aplicada em qualquer trimestre da gravidez. O conselho é aproveitar a chegada das baixas temperaturas e fazer a imunização, já que nesta época aumentam os casos por infecções respiratórias, que tendem a ser mais severas", explica a Dra. Tatiana.
3. Só a vacina da gripe já é o suficiente para me manter saudável na gravidez.
Mito: Durante a gestação, a recomendação é seguir o calendário vacinal completo, que inclui as seguintes vacinas:
- Tríplice bacteriana acelular (DTPa), contra difteria, tétano e coqueluche;
- DT (Dupla Adultp: difteria e tétano);
- Hepatite B;
- Gripe (influenza).
Todas elas devem ser avaliadas em conjunto com o obstetra que está acompanhando o pré-natal. Elas auxiliam na prevenção de várias doenças que podem afetar a mãe e o feto, e estimula a produção de anticorpos, que naturalmente passam para o bebê.
5. Existem vacinas que as gestantes NÃO podem tomar.
Verdade: Existem 4 vacinas que as gestantes não podem tomar durante a gestação: a Tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola), HPV, varicela e dengue. A recomendação é que sejam feitas antes da gravidez, se a mulher já pensa em ser mãe. Porém, importante destacar que ela poderá ser imunizada no puerpério (pós-parto) e durante a amamentação, com exceção apenas da vacina da dengue. E no caso da grávida apresentar doenças crônicas, como cardíaca ou pulmonar, e estiver em áreas endêmicas, quando prescritas pelo médico obstetra, ela poderá tomar as vacinas de Hepatite A e B, pneumocócicas, meningocócica conjugada ACWY e febre amarela. "O médico sempre vai avaliar o risco benefício para aquela mulher, por isso, na dúvida, consulte o especialista que acompanha o seu pré-natal", finaliza a Dra. Tatiana Pellegrini.
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