Com incertezas no cenário eleitoral, dólar chega a R$ 4,13 nesta terça-feira
RIO — O dólar comercial iniciou os negócios desta terça-feira com desvalorização ante o real. Entretanto, o comportamento foi invertido e a moeda passa a operar com alta de 1,37%, negociada a R$ 4,138. O que pesa para esta volatilidade continua sendo o noticiário político. Nesta terça, a primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) prevê julgar uma denúncia pelo crime de racismo contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Como tem ocorrido recentemente, as notícias relacionadas a eleições fazem com que o comportamento do mercado mude repentinamente. Por sua vez, o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, opera com leve alta de 0,65%, aos 77.423 pontos.
— Durante o período eleitoral, qualquer fato relacionado a políticos e campanhas trazem volatilidade para o dólar. Neste pregão, as expectativas locais estão focadas no julgamento do candidato Bolsonaro pelo STF — avalia Luiz Roberto Monteiro, operador da corretora Renascença. — Durante a fase de eleição, o mercado se posiciona em cima do noticiário.
Embora haja notícias pontuais sobre candidatos e campanhas, o fator que influencia e vai continuar afetando o mercado local é o período eleitoral, ponderam os analistas.
— Não tem nada de curto prazo afetando o comportamento do dólar, a não ser as eleições. O cenário ficará incerto e a volatilidade continuará até novembro, dias após o segundo turno — indica Guilherme Foureaux, sócio e gestor da MRJ Marejo.
Entretanto, pelo segundo dia, o acordo de livre comércio assinado entre Estados Unidos e México, nesta segunda, continua refletindo no mercado internacional. Com isso, o dólar opera em queda contra as principais divisas.
O "Dollar Index", índice da Bloomberg que acompanha o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas, tem queda de 0,43% nesta manhã.
Sem o alívio proporcionado pelo acordo entre EUA e México, os analistas acreditam que seria possível que a moeda americana estisse em patamares maiores que os atuais no Brasil.
— Se o dólar estivesse se fortalecendo no exterior, é possível que atingisse patamares mais elevador no mercado local. Entretanto, acredito que a moeda ainda não atingiu seu teto, ous eja, ainda pode alcançar novas máximas — avalia Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos.
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