Manaus/AM - Uma criança de apenas 1 ano e 8 meses morreu após ser espancada pelo padrasto na Comunidade Nossa Senhora de Fátima, bairro Novo Aleixo, Zona Norte da cidade. De acordo coma delegada Juliana Tuma, responsável pelo caso, a mãe, uma adolescente de 15 anos teria saído de casa para trabalhar e deixou o filho companheiro, Anderson Carneiro de Paiva, 21. Ao chegar em casa ela percebeu que a criança estava com febre e com a barriga bastante inchada, e ministrou um medicamento. Depois de algum tempo a menor percebeu que a criança não estava melhorando e resolveu levá-la ao hospital, mas o menino não resistiu e morreu no local.

Após examinar o garoto, médicos notaram algumas marcas pelo corpo e constataram que a criança havia sido espancada. A causa da morte foi uma hemorragia abdominal e a ruptura do estômago devido ao impacto da pancada que a vítima teria recebido.

A polícia foi acionada e ao interrogar o padrasto descobriu que ele teria sido o autor da agressão como explica o delegado, Juan Valério: “Ele disse que a criança estava muito enjoada, chorando muito e ele estava sem paciência, estava sozinho com a criança e acabou desferindo três tapões, como ele mesmo diz, na barriga dela, que foi a causa da morte atestada pelo IML”.

A equipe de investigações recebeu vários relatos de vizinhos afirmando que a criança já sofria maus tratos na casa, a mãe, porém, nega as acusações e diz que nunca percebeu nada errado no comportamento do filho ou do marido. Mas reconheceu que o padrasto sempre teve uma rejeição pelo menino, por achar que ele teria sido o causador da adolescente ter perdido um filho dele no início do ano. Ela confirmou o aborto, mas disse que foi motivado por remédios abortivos, que o próprio marido a obrigou a tomar.

A polícia descarta a participação da mãe no homícidio. Anderson que já tem passagem pela polícia por receptação, se disse arrependido, mas ao que tudo indica ele já vinha agredindo o menino há algum tempo, pois a crinça tinha várias marcas pelo corpo. O suspito foi preso em flagrante e deve permanecer à disposição da Justiça.