Grupo é preso suspeito de falsificar certificados que autorizam transporte produtos inflamáveis em Manaus
Manaus/AM - Marlisson Silva de Meneses, 33, Jorcilande Santos Porto, 39, e Anthony Rodrigues Borges, 48, foram presos suspeitos de integrarem uma associação criminosa especializada na venda de certificados falsos em Manaus.
Segundo a polícia, os “documentos” se referiam ao Curso de Movimentação de Produtos Perigosos (MOPP), como gás e outros inflamáveis, ministrado pelo Sesi/Senat e solicitado pelo Detran para a condução de veículos que transportam este tipo de material. Foi o órgão quem suspeitou do crime, por conta do grande número de motorista que estavam adicionando o curso, e apresentou a denúncia a polícia.
Após alguns dias de investigação, a suspeita foi confirmada e na tarde de ontem (11), Jorcilande acabou preso enquanto aguardava para realizar uma entrega na rua Ibicaré, no Conjunto Amazonino Mendes.
Conforme o delegado Raul Neto, o homem confessou o crime e levou os policiais a casa de Marlisson que era quem intermediava as encomendas para o grupo. Na casa dele, onde também funcionava uma gráfica, foram encontrados vários certificados já impressos.
Marlisson indicou o endereço de Anthony e afirmou que era ele quem liderava o esquema. Na residência do mesmo, a polícia apreendeu centenas de certificados de MOPP, por isso a operação do 12° DIP foi intitulada “Nota Zero”.
Foto: Caio Guarlotte/Portal do Holanda
Cada certificado custava R$ 600, desse valor, metade ficava com Anthony e o restante era dividido entre o grupo. O certificado era falsificado com base em imagens de um documento original que estavam em um HD em poder do grupo.
A descoberta fez com que o Detran/AM iniciasse um levantamento de todos os habilitados que apresentaram o certificado nos últimos meses. A intenção é descobrir quem estava fazendo uso do documento falso para atuar no mercado, explica David Fernandes, Coordenador Geral do Núcleo de Operações Especiais do Detran.
O delegado esclarece que parte das vítimas sabia da falsificação, outras foram foram enganadas pelos acusados. Por enquanto, nem a polícia, nem o Detran fazem ideia de quantas falsificações estão circulando.
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