70 mil trabalhadores da ZFM correm risco de serem demitidos no Amazonas
Manaus/AM - O risco de demissão de 70 mil trabalhadores ligados às fábricas de refrigerantes e concentrados instaladas em Manaus será apresentado aos deputados federais e senadores da bancada amazonense no Congresso Nacional. Os dados serão apresentados pelo secretário estadual do Trabalho, Dallas Filho, que busca apoio dos parlamentares do Amazonas para uma reunião com os ministros do Trabalho e da Indústria, em Brasília.
O secretário busca uma alternativa junto ao Governo Federal para evitar que as fábricas de refrigerantes e concentrados percam isenção fiscal do PIS/Cofins, Imposto de Importação (II) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). “Fomos pegos de surpresa com a decisão do Governo Federal em mexer nas regras que beneficiam às fábricas de refrigerante no Amazonas”, afirmou Dallas.
Se a isenção fiscal for tirada das fábricas de refrigerantes, como planeja o Ministério da Fazenda, a produção de concentrados no Amazonas ficará inviabilizada. O resultado é a demissão de aproximadamente 70 mil trabalhadores ligados às fábricas ou vinculados à cadeia produtiva.
De acordo com estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as bebidas e concentrados estão entre os dez setores de maior faturamento e geração de empregos na Zona Franca de Manaus. O setor de concentrados, além das vagas de trabalho, é o único a gerar riquezas para o interior do Amazonas, com o agronegócio e a agricultura familiar. É o que acontece com a produção de guaraná, em Maués, e a produção de açúcar, em Presidente Figueiredo.
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