Manaus|AM - A Prefeitura de Santa Isabel do Rio Negro, município distante 846 km de Manaus, está em destaque a partir desta semana por conta do desvio de recursos públicos do órgão. O prefeito, Mariolino Siqueira de Oliveira (PDT) e mais sete pessoas são apontadas  pelo Ministério Público do Estado (MP-AM) como integrantes de uma quadrilha que desviou cerca de R$ 10 milhões.

Segundo o levantamento do MP, nos períodos de janeiro de 2013 a março de 2015 e julho de 2015 a janeiro de 2016, o bando fez 752 movimentações bancárias que chegam a um desfalque exato de R$ 10.897.410,00.

A operação “Timbó”, que culminou na prisão de todos os envolvidos, também deverá prosseguir nas investigações. Segundo o promotor Fábio Monteiro, o MP não descarta a possibilidade de uma possível participação do vice-prefeito do município, Cornélio Dimas de Albuquerque (Pros), que assumiu a prefeitura no lugar de Marcolino.

Segundo as investigações da operação, o filho do prefeito de Santa Isabel do Rio Negro, Mariolino Siqueira de Oliveira Junior, atuava como contador na prefeitura. Na casa dele foram encontrados R$ 246 mil. O pai dele chagou a dizer em depoimento que o filho trabalhava gratuitamente ao órgão.

Além do prefeito e do filho, de acordo com o parecer do MP, estão envolvidos no esquema o secretário de Administração, João Amorim Ribeiro Junior, o secretário de Obras, Carlos Augusto Araújo, o secretário de Finanças, Sebastião Ferreira de Moraes, a mulher do filho do prefeito, Bruna Soraia da Silva, a companheira do prefeito, Regina Flávia Coimbra e Raimundo Mendes Neto.

O grupo é denunciado pelo MP pelos crimes de responsabilidade, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, entre outros.

Conforme o coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), Mauro Veras, o MP encaminhou a denúncia ao judiciário.