William e Harry revelam fotos e memórias da intimidade com Diana
LONDRES — O príncipe William e o príncipe Harry revelam detalhes da convivência com a mãe em documentário "Diana, Our Mother: Her Life and Legacy" (Nossa Mãe: Vida e Legado", em tradução livre), da "ITV", previsto para marcar os 20 anos da morte da princesa Diana. No filme, os irmãos folheiam um álbum de fotos da família e comentam sobre a infância, a personalidade brincalhona da parente e a última conversa com ela antes do acidente de carro que a vitimou em 1997.
De acordo com os herdeiros do trono britânico, Diana os encorajava a serem "danadinhos" e pegava doces escondida para dar aos filhos. "Ela era totalmente uma criança, alguém que entendia a vida real de fora dos muros do palácio", classificaram, ao manusearem fotos da intimidade do clã nunca antes divulgadas ao público.
Sempre que é questionado sobre os momentos engraçados da mãe, William contou que só consegue pensar na risada de Diana. Um dos motes da princesa, segundo o pai de George e Charlotte, era "você pode ser o quão levado quiser, só não seja pego no flagra". Ele guarda lembranças sobre a mãe mais "levada", "uma espécie de coringa" que amava a diversão. As brincadeiras da princesa incluíam colocar balas nas meias dos meninos enquanto jogavam futebol.
Em 31 de agosto de 1997, data do acidente na França, William tinha 15 anos e Harry, 12. O caçula contou o quanto se arrepende até hoje do último contato com a mãe. "Ela estava falando sobre Paris, eu não me lembro bem. Tudo o que eu lembro é o quanto eu vou me arrepender pelo resto da vida sobre o quão curto foi aquele telefonema", ressaltou.
A mãe telefonou, segundo eles, quando as crianças se "divertiam muito" em Balmoral, na Escócia, uma das residências da rainha Elizabeth II. A brincadeira os fez apressar a conversa com Diana, que acabaria morta ao fim daquele dia.
"Harry e eu estávamos desesperados para dizer tchau, dizer 'até mais' no telefone. Se eu soubesse, obviamente, o que iria acontecer, eu não teria sido tão blasé", revelou William.
A AVÓ DIANA
O quinto na linha de sucessão ao trono ainda destacou que só chorou duas vezes depois da morte da mãe. Uma delas durante o funeral, em 1997. "Então ainda há muita tristeza que eu preciso colocar para fora", reconheceu Harry, que já havia aberto ao público os momentos de "caos total" que viveu após a perda da parente. Ele ainda revelou que, há um mês, encontrou uma pilha de cartas escritas por Diana no dia do acidente: a princesa tentava convencer autoridades a acabar com as minas terrestres após uma viagem à Bósnia.
Os príncipes ainda recordaram episódios da infância, como o dia em que William chegou em casa e descobriu que a mãe havia convidado as supermodelos Cindy Crawford, Christy Turlington e Naomi Campbell ao Palácio de Kesington. Ele tinha 12 anos e ficou vermelho ao ver de perto as mulheres que figuravam em seus pôsteres nas paredes. Até tropeçou nas escadas de tão impressionado.
Para manter a memória da mãe viva, William contou no documentário que sempre conversa com George e Charlotte sobre a avó Diana. Ele aposta que a princesa seria uma avó adorável e amaria muito os pequenos príncipes.
"Ela seria um pesadelo de avó, com certeza um pesadelo. Ela chegaria na hora do banho, espalharia bolhas por todo lado e depois iria embora", brincou.
Em tom de homenagem, Harry frisou que, para ele e William, Diana era "a melhor mãe". Mesmo 20 anos após a perda, ele ressaltou que foi e vai continuar a ser difícil encarar a ausência da parente.
"Não há um dia em que William e eu não desejemos que ela ainda estivesse por perto e pensemos que tipo de mãe ela seria hoje, qual papel público ela desenvolveria, que diferença no mundo ela faria", destacou Harry.
ASSUNTOS: Diana, princesa Diana, Príncipe Harry, Famosos & TV