Bitcoin bate quarto recorde em dois dias e supera US$ 15 mil
NOVA YORK - A cotação do superou US$ 15 mil hoje. Foi o quarto recorde seguido da moeda, em menos de dois dias. Apesar dos alertas de vários economistas de que a cotação da moeda virtual possa estar entrando numa, o valor não para de subir. No início deste ano, um bitcoin valia apenas mil dólares. Em meados de outubro, chegou a US$ 5 mil. Na semana passada, alcançou US$ 10 mil. E, em 48 horas, superou os patamares de US$ 12 mil, US$ 13 mil, US$ 14 mil e, agora, US$ 15 mil.
A decisão de reguladores americanos de liberar a negociação de contratos futuros de bitcoin está por trás dessa disparada nas cotações. O bitcoin é a mais conhecidas das chamadas criptomoedas, divisas criadas virtualmente por computadores a partir de complexos algorítimos.
A Bolsa de opções Chicago Board Options Exchange (Cboe) lançará contratos com bitcoin na semana que vem. A Chicago Mercantile Exchange (CME) já oferece essa alternativa de investimento. As duas plataformas receberam o aval da CFTC, comissão que regula bolsas e mercados futuros dos Estados Unidos, sob críticas de alguns especialistas.
Como o número de bitcoins em circulação no mundo é limitado, a demanda pela moeda aumenta automaticamente seu valor.
Hoje, há em estoque 256 bilhões de dólares em bitcoin, valor superior à capitalização de mercado da Coca-Cola e maior do que o PIB (Produto Interno Bruto, conjunto de bens e riquezas produzidas ao longo de um ano) de um país como a Finlândia.
A moeda virtual, porém, não é regulada por nenhum governo ou banco central, mas apenas pela comunidade de internautas que a usam em suas transações.
O Banco Central brasileiro e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já alertaram sobre os riscos de aplicação em bitcoin.
A moeda também já atraiu a atenção de hackers. A plataforma NiceHash anunciou que sofreu recentemente um ataque que roubou US$ 60 milhões em bitcoins.
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